Tuesday 19 May 2009

Somateria mollissima

Este é um macho de Eider, fotografado no London Wetland Center. Esta espécie apresenta uma distribuição holártica, sendo que as populações europeias são parcialmente migradoras. Os machos apresentam uma plumagem preta e branca caracteristica, sendo que as fêmeas apresentam uma cor acastanhada e listas escuras no dorso e nos flancos. A palavra edredão deve-se a esta espécie, já que a palavra, de origem islandesa, significa “penugem do êider”.

Monday 18 May 2009

Podarcis hispanica

Esta espécie ocupa quase totalmente a Península Ibérica, o Norte de África e o Sudoeste de França, distribuindo-se desde o nível do mar até aos 3481 m, na Serra Nevada. Apresenta uma elevada variabilidade intraespecífica e no terço Norte de Portugal pode ser encontrado o morfotipo 1, de cabeça e corpos deprimidos, coloração dorsal parda escura e zonas ventrais claras, ao passo que nos dois terços meridionais do país pode ser encontrado o morfotipo 2, mais robusto, de cabeça relativamente alta, com zonas dorsais frequentemente esverdeadas, ou de tom pardo claro, e ventre amarelo ou alaranjado.

Sunday 17 May 2009

Tarentola mauritanica

Para comemorar a meia centena de fotos apresento-vos uma das espécies com a qual vou estar a trabalhar nos próximos tempos: a Osga-comum. Esta espécie encontra-se distribuída por toda a bacia do Mediterrâneo e apresenta uma distribuição continua em todo o nosso território nacional. Terá sido introduzida a cerca de 15 anos na ilha da Madeira e mais recentemente terá conseguido chegar a ilha de Porto Santo. Ocupa essencialmente superfícies verticais tais como muros, locais pedregosos e troncos de árvores. Associa-se também a ambientes humanizados, ocorrendo frequentemente em locais com iluminação artificial. É crença comum que este animal é venenoso, mas tal não passa de um mito.

Saturday 16 May 2009

Untitled # 2

Esta é mais uma espécie que ainda não consegui identificar. Trata-se de uma rã-arborícola que encontrei no Hell’s Gate National Park no Quénia, durante os trabalhos de campo do curso em ecologia de Savana.

Thursday 14 May 2009

Tyto alba

Esta é a Coruja das torres e é a rapina nocturna com maior área de distribuição, habitando todos os continentes a excepção da Antárctica. Pode ser encontrada em Portugal durante todo o ano, sendo que para a Madeira está descrita uma sub-espécie endémica (T. a. schmitzi) que apresenta uma cor mais escura que a forma continental. Uma vez pousada, chama a atenção a sua face branca, em forma de coração e uma vez e voo, a plumagem essencialmente branca e as vocalizações assustadoras fazem com que está espécie tenha um ar realmente fantasmagórico.

Monday 11 May 2009

Aegypius monachus

Finalmente consegui fotografar uma das espécies que empresta o nome a este blog. Trata-se do Abutre negro, a maior ave necrófaga da Europa. Esta espécie, outrora comum em Portugal sofreu com a regressão do bosque mediterrânico, factor que levou ao seu desaparecimento total na década de 80. Actualmente está lentamente a recolinizar o país, no entanto o seu estatuto ainda está longe de ser favorável e encontra-se descrita como criticamente em perigo. O nome Aegypius monachus, dado por Linnaeus, deve-se no primeiro caso porque é uma ave de rapina da família accipiter e no segundo porque monachus significa frade ou monge e deve-se ao capuz que esta ave ostenta.

Sunday 10 May 2009

Estrilda astrild

Eis o Bico-de-lacre, uma das aves não nativas mais comuns da Península Ibérica. É originaria de África, no entanto está presente em estado selvagem no nosso país desde 1968 após fuga de animais em cativeiro. É facilmente identificável pelo espesso bico vermelho e pela máscara da mesma cor que se estende para trás do olho. No final da última década esta ave terá colonizado também a Madeira e os Açores. Este indivíduo foi fotografado durante o meu trabalho de campo em São Tomé, onde esta espécie também foi introduzida.

Erithacus rubecula

Esta é uma das aves mais conspícuas da nossa fauna. Trata-se do pisco-de-peito-ruivo fotografado na floresta Laurissilva, na ilha da Madeira. Esta espécie é facilmente reconhecida pela enorme mancha laranja que se estende da testa até ao peito. Pode ser encontrada em todo o território nacional, incluindo nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, para os quais está descrita a sub-espécie E. r. microrhynchos que está aqui representada.

Thursday 7 May 2009

Loxodonta africana

Eis o maior animal terrestre, o Elefante africano de savana. Pode chegar até cerca de 7 m e meio de comprimento e medir 3 m e meio de altura! Em adultos o peso costuma variar entre as 6 e as 9 toneladas, no entanto o maior animal desta espécie alguma vez registado morto em Angola em 1955 pesava 12,274 kg!! Até recentemente, acreditava-se existir apenas duas espécies de elefantes, o africano e o asiático, no entanto estudos genéticos trouxeram à luz uma nova espécie, o elefante de floresta, que é mais pequeno que os restantes e habita nas florestas centro africanas.

Wednesday 6 May 2009

Gyps fulvus

Pesando entre 6 a 12 kg e medindo até 1 metro de comprimento e 2,7 metros de envergadura o Grifo é uma das maiores aves da nossa avifauna. No nossos país nidificam algumas centenas destes animais, sendo que as maiores concentrações podem ser encontrada na metade mais a Sul do território nacional. Como os demais abutres estas aves são necrófagas, alimentando-se quase exclusivamente de cadáveres que encontram com o auxilio de correntes térmicas ascendentes, que lhes permitem cobrir enormes distâncias com um baixo dispêndio de energia.

Tuesday 5 May 2009

Coronella girondica

Estão descritas 3 espécies para o género Coronella: a C. brachyura (que apenas podes ser encontrada na Índia), a C. autriaca e a C. girondica. As duas últimas podem ser encontradas na Península Ibérica e esta que aqui vos apresento é a C. girondica ou Cobra-lisa-meridonal. Esta espécie ocupa quase todo o território nacional contudo é predominantemente crepuscular e nocturna, o que faz com que seja difícil de detecção. Apesar de não ser venenosa têm como um dos principais factores de ameaça a perseguição humana.

Monday 4 May 2009

Glareola pratincola

Chama-se perdiz-do-mar, no entanto não se trata de uma perdiz, nem vive no mar! Trata-se de uma limícola muito peculiar de formas muito parecidas às de uma andorinha-do-mar, razão pela qual Lineu terá primeiramente agrupado este animal no género Hirundo. Pode ser encontrada no nosso país entre os meses de Março e Setembro em zonas húmidas situadas em zonas abertas e amplas. Alimenta-se sobretudo de insectos que captura em voo e curiosamente as suas vocalizações assemelham-se ao riso humano.